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No alto da montanha jazo, a janela que se abre á minha frente é tão grande… que me perco na imensidão do mar azul enquanto o Sol pouco a pouco vai repousando, por detrás de árvores centenárias.
Estou num paraíso e não entendo porque não sabe assim, porque sem avistar ao longe nenhum barco, sinto-me perdida. Ao longe no mar prateado surge um nevoeiro tão quente, luminoso e suave… pudesses vir tu como este nevoeiro e me abraçasses, me envolvesses por entre esta brisa mágica que se avizinha…
A luz dourada vai diminuindo, diminuindo nesta ilha perdida neste mar tão azul, onde os que sonham e voam tão alto, aqui vêm parar…talvez o céu te traga aqui.
Ainda é cedo…nesta hora de crepúsculo tão bela, sei que te vou avistar. Nem precisas de descer até esta montanha, deixa apenas uma das tuas penas cair…deixa-me avistar o teu rasto no céu que reina por este mar… Sente o amor do mar, da montanha, das árvores, das vilas, do céu, do meu coração!
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